Aquele imenso prazer de sentir o gosto de saliva morna na boca,o apalpar de mãos em seu corpo,o cheiro dum perfume que não sente em seus poros e onde sua pele não sacia.Sentir o que pensa debaixo daquela cabeça ,entender o que sente por debaixo daquele pensamento,daquela roupa.Lavar-se daquele suor salgado que te despreza feito um carma,as línguas tão exaustas de dizer o que já sabem,que o seu braço é também daqueles braços e que sua boca é também daquela boca,que sua vida não é mais sua e que seu coração se fecha diante de tantos outros.
O prazer eterno desse calor não se resume em bocas e em nervos,se resume em músculos finos e tenros que numa passeata rota e calma,a boca se cala e a fumaça cobre o silêncio.
